terça-feira, 10 de março de 2009

Michael Kiske: entrevista com vocalista no Guitar Clinic

Entrevista e Tradução por Rafael Nery

01- Olá Michael, como você está? Eu espero que tudo esteja bem com você! Muito Obrigado por esta entrevista!
Gostaria de começar sabendo como você se interessou por música e quem foram suas primeiras influências?
Elvis Presley quando eu tinha 8 anos.
Quando ele morreu em 1977 ele começou a estar muito presente na TV novamente e eu já tinha uma idade suficiente para ser influenciado por
ele. Ele me influenciou muito. Destes dias em frente eu decidi virar um cantor e músico.

02- Você já teve aulas de canto?
Não; Eu sou autodidata.

03- Quando você era ainda bem jovem você entrou no Helloween e gravou os dois álbuns Keepers que viraram verdadeiras lendas.
Como surgiu a oportunidade já que você viveu o sonho da maioria dos músicos de heavy metal muito jovem!? Como você encarou tudo isto?

Eles ouviram falar de mim em Hamburg e Markus foi até a sala de ensaio da minha banda da escola.
Ele me disse que estavam procurando por um cantor e me deu uma cópia do Walls of Jericho no qual eu não gostei, então não liguei para ele.
Porém após algumas semanas M. Weikath me ligou e disse que eles procuravam por um cantor como eu para evoluir artisticamente.
Ele me convidou para que fosse a um ensaio e logo quando eles tocaram algumas músicas do Keeper que eles escreveram com minha voz na cabeça,
eu me apaixonei por elas e fiquei bem animado.

A época com o Kai Hansen foi incrível, não quero sentir falta disso, mas acabou muito rápido.
Eu nunca tive um problema com o sucesso (se isto é parte da sua questão); eu nunca acreditei em “estrelas”; que te deixam saudável
tanto no coração como na cabeça.

04- Depois que você deixou o Helloween, você se focou na sua carreira solo que não É totalmente heavy metal.
Como você encarou esta mudança e quais artistas te influenciaram durante este período? Neste caso você está sempre livre para

experimentar novas idéias nas gravações?

Mesmo na minha fase metal eu nunca ouvi somente Heavy Metal. Meu gosto em música é bem extenso; eu nunca entendi certos dogmas e ideologias que
limitam a mente.

E agora que eu não estou em uma banda de metal mais, e também fiz suficientemente, a única coisa somente certa para mim é fazer o que sai naturalmente
como música.

Eu estou sempre livre, eu não posso fazer alguma coisa que não seja o que vêm naturalmente; mesmo se eu tentasse, eu não poderia criar algo para alguém
ou algum selo...


05- Você gravou um álbum com a participação de Adrian Smith na guitarra, como isto surgiu?

Mesmo empresariamento; Eu estava procurando por um guitarrista e Adrian
Não estava trabalho muito naquele momento.
Então Rod Smallwood (Empresário do Iron Maiden) nos colocou junto.
Adrian é uma pessoa muito doce e fácil de ligar. Um talentoso guitarrista também.

06- Você acredita que somente o tempo é a única coisa que nos faz amadurecermos como artistas? Como você vê este amadurecimento na sua carreira?
Tudo acontece no tempo e espaço para nós, não é?
Então, é o tempo e experiência que nos faz amadurecer.
Nossa idade faz uma grande diferença em como nós enxergamos as coisas, pensamos ou sentimos.

07- Qual a maior diferencia em sua vida agora se comparado aos anos de glória no Helloween?
Eu sou totalmente diferente agora, mentalmente e espiritualmente e eu amadureci conforme os anos se passaram.
Eu venho estudando filosofia , religião, antroposofia, e ciência natural desde que eu tinha 22 anos.
Isto sempre te muda. Eu altamente recomendo estes estudos!

08- O seu novo trabalho chamado “Past in Different Ways” traz arranjos
Acústicos para suas antigas músicas do Helloween. Como surgiu esta idéia?
Sendo que os fãs de heavy metal tendem a ser conservadores, como eles receberam o álbum?
A idéia veio da gravadora Frontiers. Eu não tinha certeza em relação a isto no começo, mas agora estou bem feliz que eu o fiz.
Eu fui capaz de ver que mesmo a música do Helloween já era algo que me
Completava e que eu posso completamente acreditar nelas até hoje.
Em termos de como isto foi recebido: Meus amigos ao redor do mundo amaram o álbum, e claro que meus inimigos odiaram; o “jogo usual”.
Eu realmente não me importo com a opinião dos outros, eu faço o que eu quero fazer.
São as minhas músicas; então mesmo que eu quisesse grava-las em versões tango, eu poderia sem ter de pedir permissão para a “Polícia do metal”.

09- Qual foi o sentimento de cantar e gravar estas músicas novamente? Se você pudesse “re-gravar” algum álbum do passado, você o faria?
Isto não foi fácil emocionalmente em alguns pontos, mas tendo feito isto agora, eu sei que me ajudou a ficar ainda mais em paz com o passado.
Porém isto foi algo único, não haverá outro álbum como este.Agora é o momento de se fazer nova música.

10- Já que você tem influenciado diversos cantores, especialmente no heavy metal. Quais são suas dicas para aqueles que estão começando neste mercado?
Moldar sua personalidade moralmente com Deus ajuda; ajuda também o seu canto (e seu tudo!).
Tudo o que importa é alma e identidade. Não tente ser que você não é,
Seja você mesmo e esteja em sintonia com Deus.
Cante o mais relaxado que puder. Isto tecnicamente falando é muito importante, especialmente ao vivo.

11- Quais são seus planos para o futuro?
Compor e gravar o meu próximo álbum solo e provavelmente fazer um projeto
AOR com uma cantora. Eu estou ancioso por isto. Até agora as idéias da Frontiers tem sido muito boas.Eu estou feliz que eles trouxeram-nas a mim.

12- Michael, Muito Obrigado pela entrevista! Por favor, deixe umas mensagens aos fãs brasileiros.
Eu adoro a paixão pela música que especialmente o público sul americano tende a ter.

Continue assim!

Michael Kiske

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