quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Helloween - History (1978 até hoje)



A história do Helloween começa no ano de 1978, na cidade de Hamburgo, Alemanha. Kai Hansen e Piet Sielck montaram uma banda de heavy metal para tocar covers e composições próprias. Com Hansen nos vocais e guitarra e Sielck na guitarra, além de alguns outros músicos convidados, montam o Gentry. Em 1980 a formação se estabilizou com a entrada de 2 amigos, Markus Grosskopf baixista, e Ingo Schwitchenberg baterista. Logo perceberam que o nome Gentry era pouco atrativo para uma banda de metal e resolveram muda-lo para Second Hell. Mas após 2 anos eles mudam o nome novamente, desta vez para Iron First. Sielck logo depois saiu da banda para se tornar engenheiro de som e produzir muitos álbuns para várias bandas européias de Heavy Metal. Precisando preencher o espaço vazio, juntaram forças com um guitarrista da banda Powerful, Michael Weikath. Depois de fazer uma piada com “Você pode ter o Halloween apenas uma vez por ano, o Helloween você pode ter o tempo todo.”, Ingo e Markus deram nascimento ao nome que mudaria a face do metal para sempre. Helloween. Com o novo e definitivo nome eles percorreram todo o cenário underground alemão com muitos shows e uma ótima receptividade do público, o que os levaram a participar da coletânea chamada “Death Metal” com duas músicas próprias: Oernest Of Life e Metal Invaders, no ano de 1984. Além da sua música, a banda também ficou conhecida pelas abóboras, típicas das festas de halloween, que ilustram as capas de seus discos. Em 1985, assinaram seu primeiro contrato com a gravadora Noise Records e lançaram um mini EP chamado Helloween com boa aceitação e logo em seguida o primeiro álbum (Discografia oficial) intitulado Walls Of Jericho.

A partir daí a banda começa a fazer vários shows pela Alemanha e parte da Europa "detonando" tudo por onde passavam tornando-se rapidamente um sucesso entre os headbangers europeus. Criava-se então um novo estilo, rápido, agressivo e melódico. Quando a rotina de shows terminou, Kai Hansen percebeu que se sobrecarregou demais cantando, compondo músicas, fazendo turnês e tocando guitarra, por esse motivo em alguns shows da turnê de Walls Of Jericho a banda contou com a ajuda nos vocais do excelente vocalista até então convidado, Ralph Scheepers (Ex-banda Tyran Pace e atual lider do Primal Fear), além do que em alguns casos sem saída, até Michael Weikath assumia os vocais da banda em alguns shows. Após o termino da turnê de Walls diante desse problema resolveram recrutar um novo e definitivo vocalista onde vários fizeram testes mas nenhum parecia satisfazer, até que Weikath chamou um jovem de apenas 18 anos chamado Michael Kiske que até então era vocalista da banda III Prophecy, para fazer testes. Todos gostaram de sua voz, mas a banda tinha problemas em aceitar o seu estilo nas músicas pois estavam acostumados com o jeito do vocal de Kai Hansen. A banda não sabia mais o que fazer e o mesmo acontecia com Kiske que não estava tão disposto a deixar sua banda para fazer parte do Helloween e assim um tempo se passou.

Em 1986 após o termino das gravações do single Judas, o Helloween começou a trabalhar em cima do novo álbum e resolveu fazer novos testes com Kiske, já com algumas músicas novas, o que funcionou muito bem. Todos ficaram empolgados com o resultado principalmente Kiske que na época negociava com a gravadora RoadRunner o lançamento do primeiro álbum do III Prophecy cuja as negociações não evoluíram e ele não pensou duas vezes e se juntou definitivamente ao Helloween para assumir os vocais (Kiske que dias mais tarde chegou a ser comparado principalmente com Dio, até hoje é lembrado e reconhecido por possuir uma das maiores vozes do METAL tanto que a excelente performance dele o levou a ser um dos indicados para substituir Bruce Dickinson no Iron Maiden, embora isso não tenha se concretizado.)

Com a formação novamente estabilizada a banda começa a compor e ensaiar o material para o próximo álbum "Keeper Of The Seven Keys", lançado em 1987. Logo após as gravações, porém, o guitarrista Michael Weikath passou a apresentar problemas freqüentes de relacionamento com Kai Hansen (Weikath não estava satisfeito com o pouco espaço dado a suas composições, pois apenas duas das músicas do álbum não haviam sido compostas por Hansen). O álbum "Keeper Of The Seven Keys" foi o que levou o Helloween ao sucesso com grandes hits e os proporcionou grandes turnês pelo mundo, já os tornando desde então umas das melhores e mais badaladas bandas do mundo.

Em 1988, foi lançada a obra prima "Keeper Of The Seven Keys Part II" (nome sugerido pela gravadora), gerando maiores turnês do que a anterior, fato que desagradava Kai Hansen que preferia se dedicar a composições ao invés de se apresentar ao vivo noite após noite. Lembrando que os empresários Smallwood/Taylor e as gravadoras Noise Records (Alemanha) e a RCA para o resto do mundo, também cansaram e muito Kai Hansen. Até que então ao final de seu contrato com os demais membros da banda (dia 1 de Janeiro de 1989) Kai abandonou o Helloween e passou a preparar juntamente com Ralf Scheepers o projeto que viria a se tornar a banda tão famosa hoje em dia, o Gamma Ray. Assumiu seu lugar no Helloween Roland Grapow, um excelente guitarrista e bem mais técnico que Hansen. A liderança da banda, bem como boa parte das composições, passaram a ser responsabilidade de Michael Weikath.

Em 1989, enquanto planejavam seu próximo álbum, foi lançado um disco ao vivo gravado durante a turnê dos Keepers (Pumpkins Fly Free, 1988), da qual Kai Hansen ainda participava, intitulado Live in The Uk na Europa, Keepers Live no Japão e I Want Out Live nos EUA, sendo considerado um dos melhores, senão o melhor álbum ao vivo que existe. Já em 1991 foi lançada uma coletânea com todos os singles de seus 3 primeiros álbuns chamada The Best - The Rest - The Rare. A banda parecia estar perdida e ainda dependente de Kai Hansen, já que a quase 3 anos não saía um novo álbum de estúdio, até que foi lançado um dos trabalhos mais conturbados da carreira dos caras "Pink Bubbles Go Ape" que logo de cara se mostrou diferente dos anteriores. A capa já não continha as tradicionais abóboras, mas não foi apenas a capa que desagradou os fãs... O som estava mais técnico e não tão pesado. A produção do inglês Chris Tsangarides também deixou muito a desejar, fato que com certeza contribuiu e muito para o desastre. A mudança assustava os fãs e o álbum não vende o que a gravadora esperava. Aí então começa uma nova tempestade e uma longa batalha judicial. A banda considerava muito pouco o que a gravadora Noise Records os pagavam e decidiram quebrar o contrato antes de seu vencimento, o que gerou uma grande batalha judicial que os impediu de promover o álbum, tanto em turnês, como na imprensa. Mesmo com todos os problemas anteriores, o Helloween se manteve em destaque no cenário metálico mundial, o que lhes renderam um contrato com a multinacional EMI Records para os próximos trabalhos.

Nesse mesmo período, desentendimentos internos entre Michael Kiske e os outros membros da banda devido a sua religiosidade começaram a detonar o ambiente que já não era dos melhores. Segundo Weikath e Grosskopf, Kiske ficou arrogante e demonstrava claramente sua intenção de assumir a liderança da banda. Mesmo em meio a esses problemas, começaram a compor e trabalhar para o próximo álbum já pela nova gravadora. Kiske evidentemente influenciou muito a banda a mudar seu som, desvirtuando-se do estilo dos álbuns anteriores. Assim em 1993 é lançado "Chameleon", as abóboras voltaram ao encarte mas as músicas estavam completamente diferentes. O álbum vende muito mal e a banda afunda na crise de vez. Para complicar ainda mais a situação, havia os problemas de saúde de Ingo que sofria de esquizofrenia hereditária, além de consumir doses excessivas de haxixe e de álcool. Ingo tinha sucessivos ataques de choro e alguns momentos de loucura como em um dia em que estavam em um restaurante e Ingo subiu de repente em cima da mesa e começou a gritar "Eu posso voar! Eu posso voar!" O pior de tudo, Ingo se recusava a tomar seus medicamentos e se afundava ainda mais nas drogas. A situação ficou insuportável quando após um show da turnê do Chameleon, Weikath encontrou Ingo chorando muito, atrás do palco. A turnê teve que ser interrompida e Ingo teve que deixar definitivamente a banda.

Em meio a tanta pressão, decidiram quebrar mais uma vez seu contrato com a gravadora (dizem que foi a EMI quem os despediu). Com isso a relação de Kiske com os outros membros se tornou insuportável e a expulsão dele foi inevitável. Com a saída de Kiske e também a de Ingo por seus problemas de saúde (que se suicidou mais tarde, em 5/05/95, brutalmente se jogando na frente de um trem em movimento), o Helloween ficou mais ainda descaracterizado, e com apenas 3 membros Weikath, Grapow e Grosskopf. Quando todos já decretavam seu fim, o Helloween ressurge. Em 1994 um novo rumo na história da banda é marcado: assinaram com a gravadora Raw Power - Castle, e lançaram o excelente Master Of The Rings. Com novo vocalista Andi Deris (Ex-Pink Cream 69) e o novo baterista Uli Kusch (Ex-Gamma Ray) o novo álbum foi excelentemente aceito por crítica e público, e tornou-se um mega sucesso, com mais de 500 mil cópias vendidas. Os leitores da prestigiada revista Burn japonesa elegeram o Helloween como a "Melhor Banda 94/95". Com a boa recepção do público e da crítica, realizaram diversas turnês com lotação esgotada, retomando o sucesso que marcou a primeira fase da banda.

Neste disco voltaram ao peso real, com muitos sucessos como Sole Survivor, Where the Rain Grows, Why?, Perfect Gentlemen, Secret Alibi entre outros... O prestigio da banda foi recuperado. Os shows voltam a ficar todos lotados e os integrantes a se relacionarem muito bem. Com tudo em paz após alguns anos turbulentos, começam a preparar o material para seu próximo álbum. O entrosamento era evidente e todos contribuíram com idéias para as novas músicas.

A nova e ótima fase da banda seria confirmada com The Time Of The Oath, 1996, trazendo um álbum baseado nas profecias de Nostradamus e sucessos marcantes como Power, Forever and One, Before the War, We Burn, Wake Up Montain e muitos outros, ou seja um trabalho perfeito da primeira à última faixa, o que o faz ser comparado ao nível dos “Keepers...” . Ainda em 1996, com a turnê mundial "detonando tudo por onde passava" foi lançado um álbum duplo e ao vivo High Live, com algumas músicas da antiga formação e sucessos atuais, gravados nos shows realizados na Itália e Espanha. Concretizando de vez o que todos já sabiam, Andi Deris, o substituto perfeito para um dos melhores vocalistas do mundo Michael Kiske. Nessa mesma turnê passaram pela primeira vez pelo Brasil, se apresentando em São Paulo (Monsters Of Rock), Rio de Janeiro e Curitiba.

Em 1998 é lançado mais um trabalho da banda, Better than Raw, com um estilo mais cru e pesado, voltando a seu velho estilo, muito bem aceito pelos fãs e admiradores da banda. Com as baladas mais pops Time e Hey Lord! Além das pancadas de Push, Revelations e a white metal Lavdate Dominvm em latim. Nesse mesmo ano a banda voltou a se apresentar no Brasil, durante a turnê que fez juntamente com o Iron Maiden, passando novamente por São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e a triste lembrança de Campinas o qual foi cancelado o show em cima da hora por falta de estrutura provocada pela chuva.

No primeiro semestre de 1999, a banda deu um tempinho para as turnês e se dedicou aos preparativos do álbum cover e aos lançamentos dos álbuns solos de seus membros. Roland Grapow lançou seu 2º disco solo Kaleidoscope, Uli e Markus formaram uma banda chamada Shockmachine, Deris preparou seu 2º disco também, chamado Done By Mirrors e Uli Kusch contou com a participação de todos os membros da banda em seu projeto, o tributo à banda Rainbow, chamado Catch The Rainbow.

Setembro 1999, lançado primeiramente no Japão em comemoração aos 15 anos da banda, um álbum cover de bandas rock-pop dos anos 60-70, (Beatles, Scorpions, ABBA entre outras) que marcaram o inicio musical de cada membro do grupo. A maioria das músicas foram totalmente metalizadas e deixadas com a cara do Helloween.

Outubro de 2000, agora com a gravadora Nuclear Blast e 2 produtores famosos Roy Z e Charlie Bauerfeind, finalmente sai o novo álbum, e para variar um pouco seu lançamento no Japão foi antecipado e diferenciado. The Dark Ride, álbum que com certeza vai ficar na história da banda como um dos melhores já gravados. Para a grande maioria o melhor álbum dos últimos anos. É o "lado escuro" do Helloween que ninguém conhecia... Segundo Grapow, nem eles mesmos. Destaque para todas as músicas, principalmente para Mr Torture, All Over The Nations, Salvation, I Live For Your Pain e If I Could Fly.

O Helloween solta então em 2003, o inédito Rabbits Don't Come Easy e quem fica com o posto de baterista oficial é Stephan Scwarzmann, ex-Running Wild e Accept, enquanto que Sascha Gerstner, ex-Freedom Call, assume as guitarras.

Com a saída de Stephan Schwarzmann (que pelos comunicados oficiais, não conseguiria tocar os sons do novo álbum, o que motivou sua saída espontânea da banda) Dani Löble ex-Rawhead Rexx é chamado para assumir a bateria.

Em 2005 a banda lança a terceira parte da saga Keeper of The Seven Keys, Keeper of The Seven Keys - The Legacy, e partem para sua turnê mundial, onde gravaram seu novo DVD ao vivo (intitulado de Keeper of the Seven Keys – The Legacy World Tour 2005/2006 - Live on 3 Continents) na Bulgária, Japão e Brasil. No Brasil tocaram em cinco cidades: São Paulo(onde ocorreu a gravação do DVD e do CD), Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curutiba e Santos.

No ano de 2007, o Helloween lança o seu décimo terceiro álbum de estúdio intitulado Gambling With the Devil, tendo aceitação positiva por boa parte dos fãs, critica e pela própria banda. Um aspecto positivo do álbum é que ele traz mudanças no som e no peso, com os acordes elaborados característicos da banda e um peso em todos os instrumentos e no vocal, sendo esse considerado o seu seu álbum mais completo desde o Better Than Raw.
Durante a turnê deste álbum, algo histórico também acontece, pois pela primeira vez na história a banda sai em turnê mundial juntamente com o Gamma Ray, banda criada por Kai Hansen, um dos músicos que originaram o Helloween, ao lado de Michael Weikath e Markus Grosskopf.




Nenhum comentário:

Postar um comentário